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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

LEVEZA

Os últimos dias do Outono de 2013 foram passados junto da minha filha e netas.

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Leves são os dias!
Um Sol que é carícia,
Blandícia!
O olor da brisa
Com sabor a mar!

Farrapos de núvens
Lembram maciez,
Organza tão alva!
Induzem à calma...

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Levito a pensar!

Uma luz tão rara,
No tempo outonal,
Aquece-me a alma!

E há verde, e há flores,
Na bela baía!

Há tanta alegria!
E serenidade!
Bela companhia!
E boa ambrosia!

E o mar?! Suavidade!!!...

domingo, 15 de dezembro de 2013

NATAL

A todos os que visualizam as minhas Páginas, aos meus Seguidores e Amigos,desejo,sinceramente um feliz Natal,com muita Paz,União e Harmonia.
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Aproxima-se,vertiginosamente, o dia da Comemoração do Natal.
Frenética é a correria das pessoas pelas lojas,onde procuram ilusões para oferecer.Respondem activamente às sugestões dos exagerados publicitários,que não olham a meios para conseguirem vender. Até nos intervalos dos programas televisivos de Desenhos Animados, se mostra toda uma panóplia de brinquedos-mini imitações da vida real dos adultos e de algumas das suas profissões.
Quem quiser abstrair-se da Publicidade,vá para outro aposento e oiça as crianças que dizem, mesmo quando estão sozinhas, frente ao pequeno ecran: Quero isto! Quero isto! E quero isto!

E pergunto: Para que serve tudo isto?!!!

Devíamos,isso sim, imitar aquela Família que estava em Belém: sermos simples,e procurarmos a Segurança, a União e o Bem estar,em Paz.
 Cruzam-se Continentes,atravessam-se Oceanos,tudo para estar com a família.

Que este Natal seja uma ocasião de União entre Famílias, Povos, Raças,mas uma União autêntica, em que cada um se preocupe com o Bem do outro, a sua Segurança, a sua Paz.
Se pudermos ser Solidários,melhor, mas que a ajuda recaia no que é Essencial.
Há tanto a fazer,tantas pessoas a precisarem de outras,que o supérfluo incomoda.

Um pouco de Reflexão,numa época que provoca um estado de espírito,que devia prolongar-se por todos os dias do ano:
Preciso mesmo de adquirir tudo isto?!!!
E aquele com quem me cruzei e que não tinha nada?!!!
Não terá direito a um pouco de Conforto,Companhia,Carinho e Alimento?!!!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A VIDA DE UM PROFESSOR

A minha neta,com quem venho estudando todos os dias,admira muito alguns dos seus professores.
Pediu-me que escrevesse,em verso,sobre «A vida de um professor».
Decidi falar de uma professora que bem conheço e cujo nome só não  divulgo por respeitar muito a privacidade dos outros.

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De pequenina já lia.

Aos três anos, aprendia.

Tinha ajuda sempre certa
E sabia estar alerta!

Ao terminar a Primária,
Já começa a ensinar
Os primos,bem mais novinhos
Que têm dúvidas sem par!

Cinco anos de Faculdade
E mais um para o estágio
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Preparam-na para a vida que escolhe,por vocação.

Alunos, são às centenas
Em cada ano que passa:
Os rurais são dedicados,
Citadinos, aplicados

Rodeiam a professora,
Com atenção e carinho!

Nunca começa uma aula
Sem lhe darem um beijinho!

À noite, eles são mais velhos
do que a jovem professora!
E até dão uns conselhos,
P'ra animarem a doutora.

Saltita de escola em escola:
Oito,em 40 e tal anos!

Percorreu muitos quilómetros,
Teve muitos desenganos!!!

E a minha amiga docente
Burila,com atenção,
O raciocínio dos jovens!
Faz tudo a bem da Nação,
E é bem cedo convidada
P´ra outra leccionação.

Desta vez,na Faculdade,
Que havia frequentado.
Mas a família,primeiro!
Convite,posto de lado.

Ao fim de umas quantas décadas,
Passando conhecimento,
Chega à Aposentação!
Oh! mas que belo momento!!!

À família se dedica,
Em exclusivo total.
Está, agora, muito contente,
Na sua terra natal.

domingo, 24 de novembro de 2013

ESTRELAS

Nos meus tempos de estudante, sempre tive o hábito de arranjar formas que me permitissem mais facilmente fixar aquilo que, para mim, não tinha lógica, não era óbvio.
Agora, a minha neta faz o mesmo. Pediu-me que lhe arranjasse forma de bem saber a matéria sobre « as estrelas». Tudo ajuda ao estudo,até o cantarolar; pelo que transformei o texto  do seu livro.No início e no fim,dei-lhe um cunho pessoal; depois,tentei imprimir um certo ritmo e musicalidade.Ela poderá até adaptar uma música de que goste às palavras, para uma mais fácil aquisição de conhecimentos.

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Eis a versificação do texto:

Olhando,de noite,
P'ró alto,p'ró céu,
Vemos a brilhar
Mil pontos.
Deus meu!

Todos têm luz própria,
E são cintilantes,
Pontos luminosos
E sempre brilhantes!
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Imaginem só,
Que cada pontinho
É uma estrela grande,
maior que o Solzinho!

Estrelinhas juntas
Pela gravidade,
São massas de gás,
Estão sobre a cidade!

São constituídas
Por hélio e hidrogénio.
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Não são nada iguais,
Há muito milénio!

Têm gás comprimido,
Alta temperatura,
Libertam energia,
Calor com fartura.

São todas diferentes.
Delas chega luz:
De umas, azulada;
De outras, amarela;

E as que são mais frias
Têm cor vermelha.

São tantas e tantas,
Nem fazem ideia!
Há constelações
Como a Cassiopeia!

A Ursa p'rós Gregos,
Que imaginação!
Romanos-Carroça,
E há a do Leão!

A coordenação,
Sabem como foi?
Fez ver aos Egípcios
A Pata de Boi.

No Hemisfério Norte,
A Estrela Polar
Brilha,há muito tempo,
Para nos guiar.

É bom passear
Sob um céu de estrelas!
Luzes de encantar,
Tão lindas,tão belas!!!





sexta-feira, 15 de novembro de 2013

PARA TI-II

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Não há distâncias
Que nos separem,
Meu anjo!

Pois és a melodia matinal,
Trazida pela brisa,
Que me faz sentir tão natural,
Inteira e viva!

És a flor mais viçosa,
E graciosa!
Tens um perfume tal
Como o da rosa!

És a Luz que me envolve
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E desenvolve!

Tua candura
É pura!

Tu és tão bela!
E tão angelical!
E, ao mesmo tempo,
Tu és radical,
frágil e ...dura!

Que ternura,
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Brota do teu sorriso divinal!

Tens um cuidado
Com todos os teus!
E eu vejo isso sempre
Em sonhos meus!

És vulnerável,
E,às vezes, vulcão!
Como um tufão,
Corres,para ser amável!
Tu és afável,
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Gentil e agradável!

És a Claridade,
Não há desilusão.
És a Verdade
E moras
No meu coração.

                        Para ti,Maria

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

OUTONO

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As veredas são verdes,
Árvores multicores.
As folhas,
caindo:
Belo! Meus amores!

Crianças alegres
Levantam o olhar,
Para verem tudo
Com cores de encantar!

Folhas,
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como pássaros,
Voam pelo ar,
Com gotas de orvalho
Na terra a poisar!

Animais sentados
Miram a paisagem.
Estão enlevados!
Será que é miragem?!!!

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Raposinhas lindas
E aves,
tão belas,
Até se confundem
Em folhas amarelas.

E há folhas reflectidas,
Nas águas dos lagos;
E pássaros,
que olham,
P'ra vermelhos bagos.

Profusão de folhas
Cobre todo o chão:
Parece um tapete,
Todo feito à mão.

É isto,
o Outono!
Que bela estação!
Não houve abandono,
Desde a Criação!

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

PARA TI

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Onde estás tu, agora,
Minha flor?

Recordo-te a toda a hora,
Reflectida em todos os espelhos
De água,de vidro ou de qualquer matéria!

A calma que me trazes
Não tem preço!
Tu foste, para mim,
Um recomeço,
Um renascer,
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Um outro bom viver!

Cada rosa que encontro, és tu, ali;
Cada planta que brota
Faz-me pensar em ti;
Cada pétala perfumada
É um pouco tua;
E por montes e vales
Bem verdejantes,
No silêncio entrecortado
Dos meus passos,
Sinto-te aí.
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Tu esvoaças com graciosidade,
E ocupas sempre todo o meu pensamento,
Tal como as garças que têm sempre calma.

Se soubesses o Bem que fazes
À minha alma!!!

                        Para ti,Leonor


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

BAILADO

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Passo num jardim,
Com muito arvoredo;
Caem sobre mim
Folhas,
Em segredo.

Depois vão para o chão.
Como sopra vento,
Fazem um pião,
Estão em movimento.

Vão de mão na mão
Para ti,amiga-irmã Manuela,hoje,dia 25 de outubro,pelo teu aniversário
E fazem rodinhas;
Vão, num remoinho,
As belas folhinhas!

Umas são castanhas,
Outras amarelas,
Ou avermelhadas.
Que lindas
São elas!

Vão em corrupio,
Vão sempre a dançar,
Formosas folhinhas,
A me acompanhar.

E enquanto ando
E elas bailando
No seu redemoinho,
No seu rodopio

Acabo chegando,
Ao meu doce lar,
Nesta companhia:
folhas a bailar!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

UM ANO

Faz hoje um ano que a minha grande amiga Manuela Barroso me enviou uma mensagem dizendo:
Tens um blogue.

A todos os que me deram,desde o início, incentivos para continuar aqui,o meu muito obrigada.
Fiz muitas amigas e muitos amigos,em Portugal e no estrangeiro.
Agradeço todas as palavras de carinho que veiculam,quando me comentam.
É tão bom fazer amigos!!!

Faço minhas as palavras de Ralph Waldo Emerson (Ensaios,I:«Amizade», séc.19):
UM AMIGO PODE SER CONSIDERADO A OBRA-PRIMA DA NATUREZA.

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Para ti,amiga Manuela
Hoje o meu blogue completa um ano
De alegrias e satisfações.
Embora não fosse parte d'um plano
Caiu assim,do Céu, aos trambolhões.

Oh! grande amiga!Que ideia tiveste!
Realizar uma tão bela acção!
Nem imaginas o quanto me deste!
Acalentando, assim, meu coração.

Nele eu me expresso, em simples mensagens
Dependendo do tema, em prosa ou verso.
Protesto, mostro e chamo à atenção.

Quero chegar a todas as paragens,
A todos os leitores do Universo.
Mudar o Mundo é a minha pretensão.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

AO MEU IRMÃO JOSÉ MANUEL

O meu irmão,além de ser autor de outros escritos, é poeta,contista e romancista.
No próximo dia 18 de outubro,pelas 21 horas,na Biblioteca Municipal Dr. Vieira de Carvalho, na Maia, terá lugar a apresentação do seu romance histórico «O CHÃO DOS SENTIDOS»,feita pela nossa grande amiga Manuela Barroso.
Também tem um blog - ANGULUS RIDET
http://maranduvaline.blogspot.com

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No dia 8 de outubro
Nasceu este meu irmão.
Meus pais ficaram ao rubro:
Têm um casal, então.

E o menino era lindo!
Tão lindo quanto travesso!
Brincava e pulava,rindo
E punha tudo do avesso.

Até subia ao telhado
E a casa era bem alta,
Pensava que era alado!
Assustava toda a malta.

Mas o menino cresceu,
Tornou-se um sério senhor.
E agora,digo-vos eu,
Ele é um grande escritor!

Além de livros que publica,
Planta árvores com frequência.
À família se dedica:
Três filhos querem influência!

Quando escreve, faz pesquisa.
Não diz nada por dizer.
Eu não sou sua juíza,
É só comprar livro, e ler.

Neste dia especial,
Que é o do seu nascimento,
Façamos um arraial
P'ra celebrar o momento.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

AUSÊNCIA

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Sou, por feitio, feliz
E sempre muito optimista;
Vou consolando quem diz
Estar sempre na negativa
E não viver como quis.

Mas tenho um espinho encravado,
Dentro do meu coração:
Só por não estar lado a lado,
Ou viver em comunhão
Com quem por mim é amado.

Os pais vivem a Oriente,
Eu, no centro da cidade,
Filha e netas lá no Sul;
Por mais que eu seja consciente,
Eu sinto mesmo é Saudade.

Dela, às vezes, fico alheia,
Quando vou até à aldeia
E passo uns dias com os pais;
Pois, na cidade, o espaço
Para nós todos, é escasso.

Eu tenho as meninas longe,
Mas do longe se faz perto.
Para afastar a Saudade
E sentir Felicidade
Atravesso até o deserto.

E então, de vez em quando,
Ando de cá para lá;
Ora nos ares,navegando,
Ou no comboio, trilhando
Terras aqui e acolá.

Até que chego ao destino.
E então é um desatino
E Felicidade só:
Para as meninas,p'rá mãe
E muito mais para a avó.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

EMIGRAÇÃO

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A RÁDIO SIM,de Lisboa,através da amiga Margarida Fonseca Santos,lança vários desafios.
Este, consistia em escrever uma história em 77 palavras,das quais 7 começadas por TRANS (não necessariamente prefixo).
Resolvi aceitar:

Transpus a porta e logo o vi.
 Desde o ano transacto que não lhe punha a vista em cima. Soube que,agora,era um transalpino, devido à situação de desemprego que grassa no nosso país.
Muitos transarianos tentam chegar até aqui, mas,mais vale entrar num transatlântico e tentar a sorte noutras paragens.
Para não se entrar em transe, o melhor é emigrar.
Fiquei muito feliz por saber que tinha transformado a sua vida positivamente.
Abraçámo-nos e despedimo-nos.

(O primeiro DESAFIO a que respondi «Um 31!», foi lido na RÁDIO SIM,no passado dia 5 de setembro e está no You Tube,para quem quiser ouvir.Faz também parte das publicações deste blog.)

sábado, 21 de setembro de 2013

AO MEU PAI

Por ocasião do seu 90º aniversário:

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Noventa anos!Que beleza!
Senectude? com certeza,
Mas só p'la numeração,
Pois seu grande coração
É o de um jovem,com firmeza.

Bem cedo deixou o lar,
Para bem longe ir estudar.
Foi andando,sem falhar,
Mas a sua vocação
Ai!,não era aquela,não!

E p'ra trabalhar,saiu.
Depressa se consumiu,
Mas cultura adquiriu,
Que o fez sempre avançar
E,pela vida,lutar.

Encontra uma bela jovem
E lá decidem casar.
Conjugam o verbo Amar,
Sabem família fundar:
São nove filhos,no lar.

E depois dos filhos,netos
E depois,então,bisnetos:
Têm um clã de encantar.
Todos juntos,neste dia,
Estamos cá,p'ra festejar.

E queremos desejar
Saúde e longevidade,
Alegria por cá estar
Muitos anos,sem idade
E sempre com bem-estar.

E eu,particularmente
Um abraço quero dar.
Quem me ensinou a ser gente
Eu nunca vou olvidar:
Amarei profundamente.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

BARROSO/BRAGANÇA

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Recebi esta quadra da minha amiga MANUELA BARROSO:

Pedaços de um tempo ido
bocadinhos de memória
que em poucos minutinhos
são páginas da nossa história.

BEATRIZ DE BRAGANÇA:

Esses pedaços de tempo
Passaram, isso é verdade,
Mas ficaram na memória.
São um começo de vida
O início da minha história.

Se voltasse para trás,
Pela mesma trajectória,
Seguiria os mesmos passos.
Parece que vejo os traços
Dos caminhos que são glória.

Trabalhos no campo via,
Jogava às cartas e lia,
No piano me encantava:
Ora tocava ou cantava
E,assim,feliz,vivia.

MANUELA BARROSO:

Mas atrás de um tempo,
outro depois seguirá
não somos mais que o vento
mas fruto de um momento
e o que for,será.

Às vezes rasgo saudades,
outras vezes saudades sinto,
conforme a realidade
mas não quero nem consinto
o fel da inverdade.

Sabes, aquele tempo feliz
em que tudo era pureza?
Já nada o faz regressar
para voltar a cantar
com os melros, a Natureza.

sábado, 31 de agosto de 2013

MINHO/DOURO LITORAL

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Diz a minha grande amiga MANUELA BARROSO (MINHO):

Laçarote na cabeça
e de vestido bordado
com flores e coelhinhos,
o cabelo em desalinho
e as bonecas ao lado.

Continua BEATRIZ DE BRAGANÇA (DOURO LITORAL):

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Também usei laçarote,
Os cabelos penteados,
E vários bibes bordados,
P'ra ter vestidos cuidados;
E brinquei com as bonecas

Só ao Domingo,ajuizai,
Porque uma era espanhola,
Oferecida por meu pai.
Sua cabeça virava,
Olhos: abria e fechava.

Se lhe desse a mão, andava
E, comigo, passeava.
Era linda e bem vestida.
Numa alegria incontida,
Guardei-a num gavetão.

Ainda existe,está deitada.
Conserva-se como então,
P'ra minha satisfação.

MANUELA BARROSO:

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Ah e agora me lembro
aquelas bonecas de gesso
pintadas da cor da carne!
Eram de papelão feitas
e tinham tal formosura
que já tê-las era fartura!

O pior vinha depois
quando caía a tardinha:
mal o sol se escondia
sobe Né para a salinha

E lá ficava a boneca
esquecida no jardim
e vinha o orvalho da noite
ou a chuva miudinha
amolecia o brinquedo
que era parte de mim!

Agora
era um pedaço inerte
sem as formas definidas.
Sem ela nada mais me diverte.
E assim é com a vida
Somos pedaços de gente
esvoaçando sorrisos
mas vem o sol da noite
e somos gesso caído!





quarta-feira, 21 de agosto de 2013

DUETO NACIONAL

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MANUELA BARROSO

Penduradas nas latadas
sorriam as uvas pretas
contrastando com os lilazes
na sua cor violeta.

BEATRIZ DE BRAGANÇA

No meu quintal,as latadas
De uva preta,branca e rosa
Passavam de uva a vinho,
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E eram engarrafadas
P'ra renderem dinheirinho.

Também se vendia à pipa,
E era certo o comprador
O branco era qual «Champagne»
P'ra muito apreciador
Que tenha quem o acompanhe.

Havia uma uva branca
Chamada «dedos de dama».
Saborosa e rijinha,
Muito,muito compridinha
E daí lhe vinha a fama.

Era uma uva de mesa
Tal como as de cor de rosa:
Muito doce,com certeza,
Além da sua beleza
E da sua cor formosa.

MANUELA BARROSO

Nessa quinta tão prendada
e tão pertinho do Douro
não admira que as damas
tivessem dedos de ouro.

Verdes eram os meus cachos,
no meu quintal do Minho,
caindo em lágrimas verdes
de uvas e vinho branquinho.

Das quintas vinham as pipas
em grandes carros de bois
era uma festa das rijas
o pior era depois:

Trasfegado o vinho verde
e mais delícias das quintas
era agora matar a sede
dos bois,mortos de fadiga
enquanto, deitada na rede,
ainda não pensava na «vida».

Hoje
tudo é passado
ontem
tudo era curioso
amanhã
tudo será ou não
agora
nem certo,nem duvidoso.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

DUETO INTERNACIONAL

BEATRIZ

Rio Douro
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Sou natural de Sardoura,
Que é no Douro Litoral.
Nasci bem perto de um rio,
Que é internacional,
Pois vem lá do Urbion
E tem foz em Portugal.

Tem um caudal lamacento,
Nunca se lhe vê o fundo
P'ra muitos foi um tormento...

DORLI
LUA SINGULAR

BOTELHOS,Minas Gerais
Apesar de gostar das praias do Brasil,
Fui nascer escondida nas montanhas,
Nas alvas águas quentes ao natural,
Entre matas e belas árvores frutíferas,
Botelhos, Minas Gerais,sem canavial,
Hoje vivo na terra da cana, Palmeiras.

BEATRIZ

Palmeiras e bananeiras,
Abacates,canaviais,
Embora mais brasileiras,
Encontram-se nos quintais
Do casarão dos meus pais,
Que é longe por demais.

Temos de usar transporte
Para chegar até lá.
Leva uma hora,com sorte.

DORLI

Os abacates e os canaviais,
Nós temos só nos arredores,
Nos quintais tem nada mais,
Só piso frio nos corredores.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

MANUELA e BEATRIZ

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MANUELA

Ah e os morangos escondidos
nos valados do quintal
faziam as minhas delícias
no passeio matinal.

BEATRIZ

Lá em casa, os morangueiros
Davam frutos bem mimosos.
Todos eram lambareiros,
Mas só podiam provar
A sobremesa,ao jantar.

Com «chantilly» ou açúcar,
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Eram de chorar por mais
Mas outra fruta que havia
De bom grado se comia:
Era boa por demais.

O «chantilly» era feito
Com leite do nosso gado.
Nossa Vóvó tinha jeito:
Era manteiga,eram natas,
Tudo p'ra nosso proveito.

terça-feira, 30 de julho de 2013

ORA TU/ORA EU

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MANUELA BARROSO:
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Debaixo das laranjeiras
o perfume das flores
embriagava os sentidos
um êxtase de tais odores.

BEATRIZ DE BRAGANÇA:

Laranjeiras brasileiras,
Sanguíneas,oh!laranjal!
Faziam nossas delícias
Pululavam no quintal,
Com frutos,como carícias.

Sumarentas,saborosas
Consolavam os sentidos
Do gosto,olfacto e visão:
Dourado em meio do verde,
E as flores tinham função:

Noiva que virgem casava,
Tinha no ramo estas flores,
Toda a gente observava
E pelos dedos contava
Nove meses,dos amores.

Se o bébé antes nascia,
Lá se ia toda a magia:
População apupava
A noiva, que a enganou,
E o ramo a Deus ofertou.

MANUELA BARROSO:

Mas o símbolo das flores
Não são os símbolos da alma
Nem todas as pétalas são
A pureza dos amores
Nem todo o amor traz a calma

Da flor de laranjeira
Com seu odor delicado
Vejo antes a beleza
Deste eu para ser amado:
Ser mãe é sua GRANDEZA!

Esta eterna desigualdade
Entre homem «sábio» e mulher
Dói muito no coração
Na era da igualdade
Pois a maior dedicação
Não está no corpo
Mas nas mãos,alma da Humanidade

terça-feira, 23 de julho de 2013

ENCURTANDO DISTÂNCIAS

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Um dia,um ser bem pensante
Com a sua Sede em Dublin
Proporcionou ao viajante
Deslocar-se,num instante,
Por pouco mais de um xelim.

Já todos adivinharam
Que falo da Ryanair:
As viagens encurtaram,
Os preços diminuíram,
E viaja quem quiser.

O que levava seis horas,
Faz-se em cinquenta minutos,
Pois vamos do Porto a Faro,
Sem escalas,sem demoras,
E sem pagar muito caro.

Tripulação bem treinada:
Pilotos e comissários,
Chegando à hora marcada,
Uma corneta afinada
Serve-nos de emissário.

A música é irlandesa,
Pois que,e eu tenho a certeza,
É sempre ouvida por muitos:
Cidadania inglesa,
Francesa e bem portuguesa.

Segurança absoluta,
Todos sabemos que temos.
Lá, voamos como aves,
E, o ter mais duzentas naves,
Diz que Ryanair é arguta.

Graças a ela,consigo
Ver mais vezes a família.
E assim,todos os meses,
Sei que voo,sem reveses,
Nesta grande companhia.

Ryanair,oh Ryanair!
O que seria de mim?
Se não existisse,enfim
Um belo transporte assim
Que movimenta quem quer.


BEATRIZ DE BRAGANÇA SANTOS  (Como cliente,sou MARIA SANTOS).

Para quem não conhecer,Ryanair é uma companhia aérea de baixo custo.Não me admira nada que,dentro em breve,ela inclua, nos seus itinerários,viagens para outros continentes.(Já vai a África).




domingo, 14 de julho de 2013

A PARTIDA

Que sensação tão diversa
A da chegada e partida!
Na primeira,é só conversa,
Na outra...toda caída,
Seja à 2ª ou à 3ª.

Deixar p'ra trás quem amamos
É bem triste solução
Não há arrufada, biscoito ,
Nada que nos ofereçamos
Vai mudar a situação.

Só penso como aguentar,
Sem perder minha razão.

Já me apetece voltar!...

Vou esquecer que, agora não.
Agora, é mesmo p'ra andar,

Para o Norte, aonde vivo
Me sinto como um cativo,
Num cenário bem diferente,
Conhecendo toda a gente,
Mas...sem meus amores comigo.

Tomo um chá, p'ra relaxar,
Esboço o melhor sorriso,
Só para ninguém chocar.
E lá vou,com muito siso,
Após todos abraçar!!!...


BEATRIZ de BRAGANÇA SANTOS

domingo, 7 de julho de 2013

O REENCONTRO

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Descendo pela auto - estrada,
Ou em linha reta ou curvas,
Sinto uma certa apreensão:
Vejo o fim da solidão
A acabar daqui a nada.

E o meu coração arrisca
A saltar bem mais veloz
Pelos perigos da pista
E por chegar, breve, a vós.
Seis horas é mesmo atroz!

Lá vamos calcorreando
Planícies, várzeas, charnecas
Sempre tudo assinalando,
P'ra não ter pneus carecas
E ver paisagens, passando.

São verdes de vários tons,
Amarelos, rosa vivo,
Há lavandas, miosótis,
Muitas espigas de trigo.
Já estamos no Alentejo!!!

Eis que chegamos ao sul:
Não há terra, o mar começa
Está bom tempo, o céu é azul
E vejo as minhas meninas
Sempre, na minha cabeça.
.......................................
São abraços, são beijinhos,
Muitas trocas de miminhos.
-Tu estás muito maior!
-E tu,com caracolinhos!
E a mãe, cada vez melhor!


Beatriz de Bragança Santos

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Sobre a TERNURA

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Outras pessoas também raciocinaram sobre a TERNURA.

«É a beleza que começa a agradar e a TERNURA completa o encanto.»
                                                                 BERNARD FONTENELLE

«Nada é pequeno no amor.Quem espera as grandes ocasiões para provar a sua TERNURA, não sabe amar.»
LAURE CONAN

«Os braços de uma mãe são feitos de TERNURA e os filhos dormem profundamente neles.»
                                                                                                                 VICTOR HUGO

«A necessidade é a melhor mestra e guia da natureza. A necessidade é TERNA e inventora, o eterno freio e lei da natureza.»
LEONARDO DA VINCI

«O homem que não conhece a dor, não conhece a TERNURA da humanidade.»
                                                                        JEAN JACQUES ROUSSEAU

«A poesia dos poetas que sofreram é doce e TERNA. E a dos outros, dos que de nada foram privados,é ardente,sofredora e rebelde.»
      CLARICE LISPECTOR

«Quando vejo uma criança,ela inspira-me dois sentimentos: TERNURA pelo que é, e respeito pelo que pode vir a ser.»
LOUIS PASTEUR

«Temo a tua natureza;ela está demasiado cheia do leite da TERNURA humana para que sejas capaz de seguir o caminho mais curto.»
WILLIAM SHAKESPEARE

«O povo deve ser educado com o mesmo cuidado e TERNURA com que um jardineiro cultiva uma árvore frutífera de estimação.»
     JOSEPH STALIN

«Todo o bem que eu puder fazer,toda a TERNURA que eu puder demonstrar a qualquer ser humano, que eu os faça agora, que não os adie ou esqueça, pois não passarei duas vezes pelo mesmo caminho.»
                                                                                                                        JAMES GREENE

sexta-feira, 28 de junho de 2013

TERNURA



Onde estão os meus afetos
E todos nossos projetos?!
Um vendaval outonal,
Com a ajuda do inverno
Destruiu o que era terno.

Nas folhas, em rodopio,
Iam também a candura,
Emoção e aceitação,
Uma grande admiração
E muita, muita afeição.

Mas o vento, quando leva,
Não volta a pôr no lugar.
Muito menos...sentimentos
O que só veio agravar
A ausência a suportar.

Porém, chega um turbilhão,
Que tudo veio alterar
Trouxe consigo a paixão
Junto co'a luz do luar
E muita, muita afeição.

De repente, há um silêncio!
Só a Lua nos espreita
E ela toda se deleita
Com a TERNURA refeita
Nos corações de nós dois.


Beatriz de Bragança Santos

sábado, 15 de junho de 2013

REQUISITOS DE UMA OBRA DE ARTE

CEDIDO
Aristóteles diz:
«É preciso que,como nas outras artes de imitação, a unidade de imitação resulte da unidade do objeto; assim, na fábula, já que há a imitação de uma ação, que esta imitação seja una e inteira, e que as partes estejam unidas de tal forma,que se se transpõe ou corta alguma delas, o todo seja abalado e transtornado.» (Aristóteles, Poética,1451 a, 22 - 34)
Na obra de arte deve haver clareza e nobreza de elocução. A obra será clara e nobre quando, usando as palavras comuns está semeada de metáforas: o poeta tempera a obra deste modo, é claro e nobre: dá grandeza à banalidade. Mas também pode cair no barbarismo, se emprega apenas metáforas; ou ser baixo por causa do exclusivismo das palavras comuns; ou enigmático se gasta, em absoluto termos insignes ou «caros».
Outro requisito: a variedade. «Varietas deletat», segundo o prolóquio latino.
Na opinião do Filósofo, a epopeia tem uma particularidade importante: enquanto a tragédia só pode imitar a ação que está em cena, a epopeia imita muitas partes simultâneas da ação. Ora isto dá grandeza à obra épica, proporciona ao ouvinte o prazer da mudança, e prepara a variedade de episódios dissimilhantes. (Aristóteles, Poética,1459 b, 13 s)
Devem, ainda, as obras de arte ter uma certa extensão. Como escreve o autor da Poética,«uma coisa pode ser inteira e ter pouca extensão.É inteira aquela que tem começo, meio e fim». E remata: «As fábulas bem constituídas não devem, pois, começar nem acabar num ponto tomado ao acaso.» (Aristóteles, Poética,1450 b, 24 - 35
Só outro requisito mais: a proporção.
A este respeito,escreve: porque « a beleza reside na extensão e na ordem..., um animal belo não pode ser extremamente pequeno (porque torna - se confusa a vista quando não dura senão um momento quase impercetível), nem extremamente grande (porque, neste caso, não o abrange o olhar, mas a unidade e a totalidade escapam à vista do espectador; imagine - se , por exemplo, um animal que tivesse milhares de estádios de comprimento...) segue - se que, se para os corpos e para os animais é precisa uma grandeza tal que se possa abranger com a vista, do mesmo modo é precisa para as fábulas uma extensão tal que a memória possa capturar.» (Aristóteles, Poética,1450 b, 35 - 40; 1450 a 1 - 6)
Nem São Tomás disse melhor quando se exprimiu assim:- «Pulchra enim dicuntur quae visa placent; unde pulchrum in debita proportione consistit, quia sensus delectatur in rebus debite proportionatis.» (Aquinatis, S. Thomas, Sum. Th., Parisiis (ed. 17 q.V, art. IV.) « Os pequenos podem ser formosos e comensurados - mas não belos.» (Aquinatis, S. TH., in Libros Ethicorum Arist. ad Nicomacum, Taurini, 1934, Lib. IV, p. 249 - 251)

J.E.SANTOS - meu pai

segunda-feira, 10 de junho de 2013

ONTEM (Dueto) - PARTE II

Imagem da Net
Começa a grande poetisa Manuela Barroso:

E chegando à noitinha
Regando o meu jardim
misturava a cor das rosas
e o cantar alegre das aves
com outras flores formosas.

Da nascente a água fresca
um bálsamo da Natureza
correndo pelos regatos
contornavam os desacatos
do coaxar das rãs na represa.

Quando o rio convidava
de cana na mão ia à pesca.
O prazer da dança dos peixes
no desalinho da linha
para mim era uma festa.

CONTINUO:

Pois eu rego os meus canteiros                    5) É que toda a gente gosta
Bem cedo,pela manhã,                                    Destes « frutos» sazonais
Rosas, zínias e craveiros,                                 Que o rio não dá à costa             
Que não têm nada de arteiros,                         E pescá-los, da encosta,
Ouvindo música sã:                                         É difícil por demais.

É o alegre chilrear                                           Dantes, havia pesqueiras,
De toda essa passarada                                  Que agora estão afundadas
Que volteja, pelo ar,                                       E o povo das costeiras,
E eu olho, lá da sacada,                                  Passando muitas canseiras,
Muito contente, a cantar,                                Traz lampreias arranjadas.
Seguindo-lhes a toada.
                                                                      E então, com satisfação,
Mas há outros sons por lá,                              Reúnem logo as famílias
Que enchem nossos ouvidos.                          Umas, lá no casarão,
Vêm dos regatos que há                                 Outras, debaixo das tílias,
Com seus anfíbios, coaxando,                         P'ra uma bela refeição.
E mais bichos destemidos.
                                                                      Há festa durante os meses,
O Douro, bem lá ao fundo,                             Que vão de janeiro a abril.
Só dá p'ra pescar à cana.                                E eu vejo, muitas vezes,
Com barragens, é profundo                             Emigrantes portugueses
E as lampreias e sáveis                                    A regressar p'lo repasto
Que são muito indispensáveis                          Aos magotes, mais de mil.
Não chegam nem p'ra meio mundo.

                             Beatriz de Bragança Santos

quarta-feira, 5 de junho de 2013

COM OS MEUS

Imagem da Net
Desperto e louvo a Deus
E falo logo com os meus.

Conto-lhes sempre os segredos:
Toda a minha solidão,
Onde só minhas pegadas
Colocam marcas no chão.

E os meus lá ouvem sempre
Meu  murmúrio bem profundo,
Que nunca os importuna
Nem por nada deste mundo.
Nem sequer minha humildade
Os faz,jamais, reagir.

Vem fome,sede e saudade.
Mas as imagens que passam
Por diante dos meus olhos
Só conseguem ver abrolhos.
Só plantas e animais
São saciados demais.

Regresso aos meus.

Quer estejam em casa ou não,
Sempre conforto me dão.
Escutam-me e eu abrando.
Fico mais leve, qual pluma
Confundida com a bruma,
Que nem deixa ver o chão.

Se me perco, estão comigo.

Toco neles e, do monte,
Eu vislumbro o horizonte
Ali mesmo, bem defronte
E reencontro-me em fonte,
Cidade ou qualquer lugar.

E os meus olhos descansam,
Cansados de tanto amar.


Beatriz de Bragança Santos



segunda-feira, 3 de junho de 2013

DEUS E EU

Melro
Olhando para os primeiros raios de Sol,
Que reverberam multicores sobre o orvalho, e abrem o girassol
Eu me aconchego.

Ouvindo os primeiros trinados matinais
De melros, cucos, rolas, pombas e pardais
Eu me aconchego.

Vendo o ondular turbulento do rio,
À passagem de mercadorias e passageiros, em navio
Eu me aconchego.
Cuco

Ao meio do dia, sob uma canícula que tudo aquieta e acalma,
E tudo faz parar, para depois recomeçar com alma,
Eu me aconchego.

Na tarde duradoira dos dias de estio,
Lendo um bom livro ou cavaqueando com meus pais e tio,
Eu me aconchego.

Quando o Sol se esconde, deixando no horizonte
Matizes harmoniosos cor de fogo ou rosa, junto à fonte,
Rola
Eu me aconchego.

E à noite, depois de ir saudar os meus pais
E lhes aconchegar a roupa mais,
Regresso ao meu aposento,
Ao Criador, elevo um grato pensamento
E sinto que em Seu regaço
ELE me aconchega.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

ONTEM (Dueto)


Começa a minha grande amiga Manuela Barroso:

Se recordar é viver
enquanto o permite a vida
lembremos os nossos sonhos
de uma infância colorida

As nossas flores silvestres
hoje flores de canteiro
não têm o mesmo perfume
e contra o que é costume
não escolhem nascimento
são flores do ano inteiro

Mas o maio sempre chega
nas suas folhas brilhantes
e numa explosão de cores
são sempre as flores de dantes.

CONTINUO:

Quero lembrar-me dos sonhos                                    7) Como existe a aviação, 
Da meninice feliz,                                                            E estufas por todo o lado
Quando vivia na aldeia                                                    Há flores o ano inteiro,
No quintal «Vila Beatriz».                                               Mas com perfume « velado».

Havia um lindo jardim,                                                    E a Faculdade exige
Todo talhado à francesa,                                                Que, por cá, continuemos.
Com vários tipos de flores                                              Penso na aldeia, onde existem                                
Ou rasteiras, ou arbóreas.                                              Os meus bonitos crisântemos.
                                                                                      
E, no resto do terreno,                                                   Quando lá vou, de visita,
Que era todo ele uma horta                                            Seja qual for a estação,
Havia aqui e acolá                                                          Há sempre tão lindas flores
Mal-me-queres, papoilas e,                                            Quer seja inverno ou verão!                      
Miosótis bem azuis.                                                        É que elas têm sua época,
                                                                                      Muda o tempo e a floração.
O pior foi vir viver                                                          
Para uma grande cidade                                                
Sonhava que ia ter                                                                                                                  
Lá, a mesma liberdade.                                                   Agora, volvidos anos,
                                                                                      Tudo se mantém igual
Embora houvesse na casa                                               O mês de maio com lírios
Uma parte a cultivar,                                                       E rosas, em especial.
O certo é que ar conspurcado                                        
Não permitia medrar                                                      Os perfumes são os mesmos
                                                                                      Poluição, lá, é menor
As flores vindas do campo,                                            E encontramos, a esmos,
Por causa da poluição.                                                   Nossos cultivos de Amor.
E tudo perde o encanto!!!...
As plantinhas, aqui, crescem,
Mas demoram um tempão!                                                      
                                                                                     
                               

Beatriz de Bragança