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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

FOME - INCULTURA - SUBDESENVOLVIMENTO

A fome no mundo é uma realidade dolorosa,persistente e desnecessária.Afinal existe muita terra, muita energia, e muita água para bem alimentar a população humana. Mas, metade dos cereais produzidos é destinada aos animais, enquanto milhões de seres humanos passam fome.Há estudos realizados aos recursos populacionais que demonstram que, se toda a população mudasse os seus hábitos alimentares, haveria comida para biliões de pessoas. Bastava consumir mais vegetais e menos carne...

Para  se falar de incultura, e só em Portugal, basta lembrar a enorme preocupação do Ministério da Educação em mostrar grandes percentagens de resultados positivos, no final de cada ano letivo. Uma grande parte da população ativa portuguesa tem um nível de escolaridade abaixo do nono ano e, essa massa humana representa uma grande percentagem de desempregados. Mas o Estatuto dos Alunos é claro: têm direitos e deveres - mas os direitos são integralmente respeitados e os deveres não lhes são minimamente exigidos. (Quantos atentados à DIGNIDADE dos professores - do Ensino Básico e do Secundário - não ocorrem diariamente?! Só alguns chegam ao conhecimento do grande público...) Por este andar, estes alunos,habilitações vão ter, mas cultos não vão ser.

Há subdesenvolvimento nos países do chamado Terceiro Mundo.É o produto da má utilização dos recursos humanos. É preciso mobilizar todos os fatores de produção no interesse da coletividade e a estratégia tem de estar de acordo com o local. Não se pode conduzir um processo de desenvolvimento no Oriente, semelhante a um do Ocidente: há climas diferentes, solos diferentes, riquezas diferentes, culturas diferentes, tradições diferentes.
Subdesenvolvimento associa-se a baixo rendimento per capita, a fraqueza em recursos humanos (com base em indicadores de nutrição, de saúde, de educação e da alfabetização de adultos) e a vulnerabilidade económica.
Por vezes, alguns canais de televisão mostram o trabalho de equipas de voluntários em países subdesenvolvidos e alguns  já foram retirados, pelas Nações Unidas, da categoria de Países Menos Desenvolvidos.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

EVOLUCIONISMO/CRIACIONISMO


No seu artigo «Evolucionismo/Criacionismo:diferenças e convergências», Luís Archer, Prémio Nacional de Bioética 2008,afirma que, «na atual posição da Igreja,o criacionismo evolutivo é o mais seguido. É possível distinguir em cada ser, entre a sua essência e aquele dinamismo existencial que causa a sua própria evolução; e identificar este último com a ação criadora de Deus».

«O Homem,segundo o Antigo Testamento, é também espiritual, isto é, dotado de espírito, de inteligência e vontade, de liberdade, capaz de compreender, de pensar, de evoluir, de comunicar, de decidir.»(...) «Pela sua liberdade, o homem é chamado por Deus a construir um mundo livre de todas as escravidões e opressões, da indignidade e da fome, da incultura, do subdesenvolvimento, do domínio, da exploração e do Mal».

Mas esta construção ainda não chegou a esse ponto: embora estejamos no século XXI, a escravidão continua: marcas desportivas,muito conhecidas, empregam na China, crianças e adolescentes para fabricarem roupas e bonés; milhares de africanos são enganados por alguns poderosos, que lhes prometem trabalho na Europa e, depois os abandonam nas costas europeias.
A opressão mantém-se por esse mundo fora: veja-se o caso da China e a atitude que tomam em relação às crianças do sexo feminino. Isto até é mais do que opressão, é atentado à DIGNIDADE HUMANA e à vida das crianças; e os professores portugueses que trabalham no Ensino Público, desde as classes infantis até ao final do Secundário, também sabem muito bem o que é opressão!
Basta pensar nas condições de vida de povos inteiros, na África, na Ásia, na América Latina e até em Portugal: pedintes,viciados, marginalizados e logo se associa tudo isto à palavra DIGNIDADE.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O QUE É O HOMEM?

                          (O Homem como ser corporal e espiritual,inteligente e livre)

Também segundo o Pde. Vaz Pinto, «através de condições químicas,biológicas,evolutivas», o homem «é o fruto de uma decisão de Deus». «É dotado de um corpo, através do qual está ligado e irmanado à Natureza que o circunda e a quem domina, corpo material também ele criado por Deus ».
Conforme escrito pelo Pde. Armindo Vaz, professor de Bíblia da Universidade Católica Portuguesa, «Dizer «Deus criou o mundo» não é pensar que o arrancou do nada ou de matéria preexistente, por evolução ou duma assentada: nem é pensar no momento ou no ato da sua feitura. É um convite a contemplar nele uma abertura ao transcendente, pondo ao vivo o mistério da sua relação com Deus».

Aliás,duzentos anos após o nascimento de Charles Darwin, o professor Daniel Serrão (Prof. Doutor da Faculdade de Medicina do Porto) - já jubilado, fornece aos seus formandos um texto, dizendo que o Vaticano vai regressar ao debate sobre a relação entre evolução e criação, dado ser um tema que apaixona cientistas, filósofos e teólogos. E o mesmo texto refere que o Papa Bento XVI, no início do seu ministério fez esta afirmação: «Nós não somos o produto casual e sem sentido da evolução»; cada um de nós «é o fruto de um pensamento de Deus». Mais tarde, em novembro de 2008, Sua Santidade voltou «a abordar a relação entre criação e evolução, defendendo que o cosmos não é um sistema caótico, mas sim ordenado, sendo possível «ler» nas suas regras internas a presença de um criador». O mesmo texto, subordinado ao título «O regresso(sem fantasmas) de Darwin», continua dizendo que «segundo a fé cristã, a criação é o ato pelo qual Deus, do nada, deu e mantém a existência de tudo quanto existe»

Quando é que este se transformará naquele?

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

UNS E OUTROS

 Se passarmos da situação de um início de vida para outra em que o ser humano tem consciência da gravidade da doença que o minou, e para a qual não há cura, pode acontecer que surja outro problema relacionado com a DIGNIDADE HUMANA - um pedido de eutanásia ou de suicídio assistido, ou de indução em coma (para evitar o sofrimento), mesmo sem saber quais as consequências que daí possam advir.
 Acontece que nem sempre os valores do médico são aqueles que o paciente defende.E aqui, a dignidade do médico e o respeito que ele tem pelo próximo, podem impedi- lo de acabar com a vida daquele doente.
Por mais avançada que esteja a tecnologia, não se pode fugir à morte. De uma maneira geral, quem quer desistir, é porque perdeu a Esperança e, segundo o Pde. Vaz Pinto, a Esperança humana só pode justificar-se, se é justificada uma Esperança para lá da morte.
Para o crente, a morte é a fronteira que indica a proximidade do encontro de cada criatura perante o seu Criador.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

TODOS DIFERENTES,TODOS IGUAIS (PARTE IV)

Hoje,vive-se uma evolução tecnológica quase diária. Diz-se até que, quando se compra um computador,ele já está desatualizado, pois o tempo que passou entre a altura em que saiu da fábrica e chegou a casa de quem o comprou, foi o suficiente para que se fizessem novas descobertas.

A nível de saúde e problemas com ela relacionados, tais como a infertilidade, graves doenças ainda sem cura,etc.,(Ontem vi um Documentário em que, ainda em 1988, infertilizavam as mulheres Rom, por acharem que a raça era inferior do ponto de vista social e do intelecto!!!...) as evoluções tecnológicas são, também, imensas. E é aí que se colocam mais problemas relacionados com a DIGNIDADE HUMANA.
Começa o paciente por se sentir inferiorizado, por exemplo, ao pensar que não se portou como devia, não fez medicina preventiva, não se alimentou convenientemente, etc.(os que podem fazê-lo).
Depois, se precisa de ser hospitalizado, pode  sentir-se particularmente vulnerável desde que chega ao edifício: ou porque o porteiro é mal encarado e lhe fala com arrogância, ou porque a funcionária do serviço administrativo é impaciente, ou porque, uma vez no hospital, não é tratado com um mínimo de humanidade.(Isto se houver hospitais; onde os há, já assisti a cenas de uma total falta de humanidade por parte de médicos!...).

Mais, dependendo da situação de cada um, surgem vários problemas: quando se trata de um caso de infertilidade e o médico vai resolvê-lo por fecundação in vitro, o facto de criar vários embriões para depois implantar só um, vai fazer com que os outros fiquem num ambiente de crio-preservação mas, não deixando de ser um SER HUMANO, embora no seu início; aqui já vai acontecer um atentado à DIGNIDADE HUMANA- tudo consequências do avanço tecnológico.
Os embriões não podem ser preservados indefinidamente e, o que viria a ter como resultado um ser humano, vai morrer ou vai ser usado em experiências.
Felizmente, já há países com legislação própria para que tal não aconteça. 

sábado, 2 de fevereiro de 2013

A MINHA AMIGA BEATRIZ



No ano de 1996,uma colega muito amiga,no dia do meu aniversário,escreveu estas palavras,a pensar em mim:

Beatriz (em férias)

É uma linda rapariga,
Muito simples e bondosa,
Carinhosa e cuidadosa,
Muito cerimoniosa,
Mas sempre,sempre amorosa
E muito amiga,
Essa linda rapariga!


 
Muito calma e educada,
Um tudo-nada apagada,
Muito atenta,mas calada.
Sempre muito enamorada,
Sem nunca o confessar,
Mas deixando adivinhar
A minha neta mais nova
Que sabe bem conjugar
O verbo Amar...


Como é possível pensar
Em não fazê-la feliz
Ela merece,
A minha amiga Beatriz!...



                                   24.01.96
                                  Maria Paulina Sousa





 










sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

UM SENTIDO PARA A VIDA ( PARTE III )

Na nossa vida, a tomada de decisões tem sempre a ver com aquele desejo mais ou menos explícito de auto- realização. Todos os seres humanos procuram UM SENTIDO PARA A VIDA e os crentes, os que acreditam em Deus como Criador e Senhor sabem que podem ter Esperança. Por isso, nunca páram, perseguem sempre o Bem.
Segundo o Pde. Vaz Pinto «nenhum caminhar humano pode realizar total e plenamente nenhum homem.»
Todavia,visto que o homem não existe isolado, mas «num entrelaçado de relações de dependência e solidariedade ao Universo e aos outros homens», ele pode, ao longo da vida, viver algumas mini-realizações pessoais?
Por exemplo, no Zimbábue, o povo vive mal e o seu presidente festeja o seu aniversário encomendando 8 mil lagostas,champagne, caviar, tudo no valor de um milhão de dólares. Se esse dinheiro revertesse a favor do povo faminto!!!.. O povo depende do seu chefe, mas o chefe não é solidário para com o povo.
Entretanto, estão a circular, via Internet, umas imagens que representam um pequeno grupo de árabes, vestidos de acordo com a sua tradição, rodeando e admirando um modelo da marca Mercedes Benz, todo ele construído em ouro branco.
Oh! Vaidade das Vaidades!!!...
Quantos doentes, quantos famintos poderiam ser tratados com o valor dispendido nessa máquina!
Haveria aqui lugar sim para duas realizações pessoais se a aplicação desse capital levasse outro rumo. Quem possui este dinheiro, não se apercebe do sem- sentido das suas atitudes.Trata-se até de um atentado à dignidade intrínseca das populações dos seus países, tão carenciadas em diversas vertentes (muito provavelmente em todas) das suas vidas.
Parafraseando o Pde. Vaz Pinto, dir-se-á que estas atitudes partiram do «Homem, enquanto corpo,animal», pois está «sempre envolvido e dependente dos sentidos», porque, se estes homens atuassem «enquanto espírito, inteligência e vontade», haveria um « dinamismo ilimitado e insaciável» para a prática do Bem.
Estes dois casos são exemplos de que «quando o Deus Vivo e Verdadeiro não é  adorado» aí surgem os «ídolos: o dinheiro,(...) o prazer,o Egoísmo. Bens particulares e finitos transformados em Bens Absolutos, falsos deuses».
 Onde está aqui, a avaliação racional que levou estes humanos a tomarem estas decisões?
Ao ler - se Edmund Pellegrino, ele apresenta teorias de vários autores a propósito da DIGNIDADE HUMANA, e refere que eles fazem uma clara distinção entre dignidade intrínseca e dignidade atribuída. A primeira é a que vem referida nos dicionários. A atribuída é aquela avaliação de valor que cada um atribui a si próprio ou que os outros lhe atribuem.